sexta-feira, 29 de maio de 2009

et rogaverunt eum ut signum de caelo

Considera, che non v'è cosa ò più vile, ò più vana, ò più instabile d'un vapore, il quale è soggeto ad ogni aura. E tale è la vita umana. Vapor esti. Singelos e concretos os perigos da vida: uma sufocação de catarro, um só animal pestífero. E ele pergunta: como podes te reputar eterno? Compara o homem ao vapor que sobe ao Sol. Hoje em figura, cortejado de todos, amado, adorado; dimani sarai pascolo a i vermini in sepoltura. Considera que loucura é, portanto, a tua se tanto te fadigas por uma vida a que tanto falta. Nesse ponto, Paolo avança além da mera metáfora do Eclesiastes. Propõe uma comparação virtual, um experimento com o cálculo de utilidades: Imagina que duas sortes de pessoas existam na Terra. Umas que morram como nós, após poucos anos; outras que não morram nunca. Ó como estas, vendo aquele afanar-se em plantar, em fabricar, em traficar, em entesourar, se ririam da sua estultice. Deixai, diriam, a nós fazer tais coisas, que estaremos na terra para sempre. Vós, contentai-vos com o que basta a uma vida e preparai-vos para a morte. Em verdade, não menos dignos de riso somos nós hoje: pois que sendo todos mortais, assim partilhamos todos indiferentes da universal estultice, que cometemos. Brilhante.

(gennaio ix, Tiago 4, 14)

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