sábado, 25 de julho de 2009

sua gran propensione al mestiero Apostolico

Massei registra o natalício de Paolo Segneri em uma data que se tornará célebre: 21 de março, mas do ano de 1624. Seu pai, Francesco Segneri fizera voto de castidade na juventude, sendo forçado pela família a aceitar o casamento com uma moça também educada e prometida ao claustro - Vittoria Bianchi. O biógrafo talvez não se dê conta da contradição desta piedosa gesta com os 18 filhos produzidos pelo matrimônio de Francesco e Vittoria, que continuaria a praticar em sua vida secular jejuns, disciplinas e penitências em meio à criação de tantos filhos.

Paolo revelou desde cedo a independência dos primogênitos e quando menino organizava prédicas em sua casa, atirando livros e outros objetos nos colegas que se atreviam a dormir durante seus sermões verberando pecados e pecadores com fúria infantil. Existe aqui talvez uma conhecida figura das biografias clássicas, quando o herói antecipa na tenra infância os triunfos de sua vida adulta. Tem sua graça inocente, porém, a imagem do futuro pregador, menino, castigando os desatentos da palavra de Deus.

A precocidade de seus dotes intelectuais levou seus pais a enviá-lo ao Seminário Romano, onde manifestou a imediata atenção de se fazer jesuíta. Foi ordenado noviço em 1 de dezembro de 1637, aos treze anos de idade, sob a direta orientação do célebre Gianpaolo Oliva, mais tarde Geral da Ordem. Em outra figura habitual das hagiografias, Massei atribui a seu pai alguma oposição à ordenação de seu primogênito, mas deve ser notado que em uma das notas do mês de janeiro do Maná da Alma Segneri condena de forma veemente esta atitude parental.

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