Não se pode negar a Segneri um fino sentido de ironia, diretamente ligada à sua longa observação dos seres humanos. O amor de Deus, por exemplo, expresso na Encarnação, imediatamente põe em questão o amor dos Homens. Amar a Deus ou apreciar o amor de Deus pode ser problemático para muitos, mas esses mesmos muitos amam com facilidade um cavalo ou um cachorro. Ou um plátano.
O amor de Deus também revela uma estranha troca: que Deus tem a ganhar com o amor pelos Homens? Doar uma jóia, como ele escreve, não diminui a jóia; mas trocá-la por um pedaço de pão certamente a avilta. Deus, no entando, trocou seu Filho pelas almas dos Homens.
Como é possível entender o amor de Deus? Apenas os santos, no Paraíso, o compreendem, diz Segneri.
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