segunda-feira, 7 de março de 2011

Din cupa desfatarei amaraciunea naste

Não deve passar sem registro, ainda sobre a soberba, uma caminho propriamente moderno para a compreensão de seu caráter nocivo e para sua correção: a percepção da solidariedade íntima da vida social. Schimmel (Os Sete Pecados Capitais, 1997) narra o caso de uma de suas clientes, uma profissional bem sucedida e arrogante que, subitamente, como consequência de um acidente de carro, viu-se no chão de uma estrada, perdendo sangue e a consciência. No curso de poucos minutos, estava implorando por ajuda de paramédicos e policiais que, em circunstâncias normais, não mereceriam sua atenção pessoal: "ela, que acreditava em sua superioridade deu-se conta de funções sociais mais importantes que a dela, cumpridas por homens menos educados, culturalmente sofisticados ou bem sucedidos economicamente. Eles salvam vidas, aliviam a dor e o sofrimento. Ela nunca fez tais coisas. Esta lição foi um poderoso corretivo de sua soberba." (pág 54).

A conclusão de Schimmel merece ser citada: "Estas reflexões permitiram que minha cliente mantivesse o compromisso com a humildade apesar da perda de sua fé. Dados os custos pessoais e sociais da soberba e a recompensa da humildade, muitas pessoas que não vêem a si mesmas como religiosas ou piedosas podem concordar que a arrogância é um vício pernicioso a ser evitado e a humildade uma virtude digna de ser cultivada. Mais humildes somos, mais humanamente nos relacionamos com os outros, como indivíduos, grupos ou nações".


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