sábado, 23 de janeiro de 2010

Quid prodest homini

Considera, che Cristo in questo luogo non dice Quid prodest homini, si Mundum universum lucretur, animae verò suae jacturam patiatur, ma detrimentum; perchè tu sappia, che non solo non torna conto di perder l'anima per aquitar l'Universo, ma ne pur torna conto di sottoporla a qualunque pregiudizio spirituale, per minimo, ch'egli sia. Sabes tu quanto vale um mínimo de glória? Vale mais que todas as monarquias e se para conquistá-las cometesses um só pecado, farias uma péssima troca. Que gozarás, no Inferno, de todos os prazeres que tiveres na Terra? Como te confortarão os tesouros do passado? Vê o que dizem nos abismos? Quid nobis profuit superbia? São contentes, como Acab, com uma vinha, são contentes com uma pobre Igreja, uma pobre Cátedra. São como os pobres hebreus (Deut. 28) que buscavam entre os romanos quem os quisesse levar como cativos. Assim fazem tantos Cristãos, que se recomendam ao Diabo mesmo quando esse não os procura. E o Demônio ri e deixa e os induz a inventar novas coisas para reavivar sua libido. Consomem-se em raiva sem ter em quem vingar-se; em avareza e não fecham um contrato que seja lucrativo; enlouquecem de ambição e não encontram um lugar que os satisfaça. Do que provam os pecadores? O amor à própria escravidão. E vuoi, che torni conto dannarsi per un peccare, il quale è sì sterile; ò pure fertile sì, ma di mera pena?

(febbrajo xxvi, Quid prodest, Lucas 21, 36)*

[A edição de Maná da Alma é pouco cuidada. A passagem, de fato, é Mateus 16, 26)]

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