sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Qui volc ausir diverses comtes

Arrependimento não é coisa simples, como notou Segneri:

"Poucos daqueles forçados a prestar contas por suas ações sob Hitler mostraram remorso ou contrição, menos ainda, culpa. Com raras exceções, mostraram-se incapazes, quando chamados a dar conta, de reconhecer sua própria contribuição para o deslizar sem remorso para a barbárie durante a era Nazi. Ao lado das inevitáveis mentiras, distorções e desculpas, frequentemente se percebia um bloqueio em reconhecer a responsabilidade por suas ações. Equivalia à auto-ilusão que espelhava o colapso total de seu sistema de valores e a demolição da imagem idealizada de Hitler, a que se agarraram por tantos anos, que, na verdade, justificava suas motivações. Estiveram contentes por anos vendo seu poder, carreiras, ambições, aspirações depender apenas de Hitler. Agora, em uma lógica perversa, seu próprio sofrimento poderia ser atribuído apenas à criminalidade ou loucura de Hitler. (Ian Kershaw, Hitler. Nemesis (1936-1945), pág 838. Penguin, 2000).

Há uma técnica de sete passos para o arrependimento: http://www.thercg.org/pillar/0504pp-tssor.html

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