"Havendo eu (diz em um de seus preciosos fólios) indagado esta manhã ao Senhor após a Santa Missa que se dignasse a sugerirme qual afeto depois da Comunhão fosse mais conveniente e mais próprio exercitar para dar-lhe gosto (já que bem sei que não se deve entreter o homem em discursos com o intelecto, mas em operar com a vontade, nem se deve, enquanto temos Deus dentro de nós estultamente procurá-lo fora de nós) me pareceu que sobretudo deve ser o sentimento do estupor. A reverência é pouco, a humildade é pouco, o amor é pouco. Uma maravilha, a maior de todas, que é assim demandada, memoriam fecit mirabilium suorum; não parece que melhor requeira do que maravilha. Deus a mim? Deus comigo? Deus em mim? Que posso eu fazer pensando nisso se não restar atônito, morto, restar absorto em um infinito estupor?"
Raguagglio, capítulo LII, págs 202 e 203.
terça-feira, 31 de maio de 2011
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