Sem idade para os votos, Paolo Segneri foi enviado ao Collegio Romano para completar seus estudos de Filosofia e Retórica. Despertou logo a admiração de mestres e superiores, caindo sob a proteção de personagens eminentes da Ordem, como o Padre Vicenzo Carafa e o o Padre Sforza Pallavicino, que se esforçaram para ampliar os horizontes de sua instrução. Seu talento para a predicação foi, então, cultivado também com as letras clássicas. Por esses anos, Segneri aventura-se mesmo no domínio erudito, traduzindo a
A Segunda Década da Guerra de Flandres, do Padre Famiano Strada, editada em latim no ano de 1650.
A biografia não deixa escapar episódios mais extremos de devoção. A emulação natural entre adolescentes levou Segneri a extremos de penitência e flagelação, causadores, certa vez, de uma forte hemorragia interna e vômitos de sangue.
A instrução na Ordem permite uma fenômeno conhecido em escolas tradicionais: a memória coletiva. Massei pode recolher, assim, testemunhos de colegas e contemporâneos sobre Paolo Segneri: um grande servo de Deus, modesto, tranquilo, de vida irretocável.

(Imagem: frontispício de
De bello belgico, de Famiano Strada)
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